É o querer tomando forma, pensamento-ação carregando consigo o peso da história e mudando o espaço de lugar ao revés do tempo, sem importar-se com dimensões sequenciais desfazendo-se como se nunca tivessem existido.
Vez ou outra falta-me palavras no silencio, sinto como se florescessem em um resumo encorpado depositadas em minha mente, encarceradas, a chave para libertá-las encontra-se do lado de dentro, sinto-me imóvel como se a mente aprisionasse todo o corpo em um mundo igualmente inerte.
Tudo e nada encontram-se no mesmo espaço tempo, presente, passado, e futuro, sempre estiveram ali juntos, saltitando como crianças ao descobrirem as coisas do mundo.
Esperança se confunde com lembrança num emaranhado de luz, criando uma força poderosa saltando aos olhos ao encontro do nada na imensidão do vazio, ainda assim, não consigo juntar o antes com o depois.
Assim como as marés em um vai e vem entorpecido, caminhos se encontram num labirinto, e são separados numa incisão ao fio da espada. Sabia que sabia pensar o pensamento, como o saber rebuscando o que foi passado outrora reluzente.
O novo está em toda parte, é fluido e viscoso, não se pode contê-lo, seus feitos deixam marcas em toda parte por onde passam.
Acompanhar as mudanças impostas por natureza do desconhecido, mudando e construindo novas formas de mudança. Invenções são apenas puras descobertas latentes no mais profundo abismo da mente, sempre estiveram ali, até que alguém as resgatem e libertem-nas para sempre num eterno e contingente secular.
Ulisses Pavinič