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domingo, 20 de outubro de 2013

MARGINAIS ©

Nós, seres humanos, aprendemos desde cedo os ensinamentos da nossa cultura. Somos de certa forma frutos da sociedade em que vivemos. Os que agem de maneira diferente, são considerados "marginais". Entretanto, as rupturas de paradigmas, as descobertas revolucionárias, as invenções importantes, os dogmas estabelecidos, enfim, as grandes mudanças ocorridas em todas as civilizações, quase sempre tiveram por trás um grande "marginal". Por isso, podemos! e devemos! usar a razão nas escolhas que fazermos durante a nossa existência nessa vida, de forma livre e respeitando os limites dos outros seres.
Refiro-me a quebra de paradigmas; a não submissão de um ser a outro ser; ao uso da razão nos processos e escolhas da vida. Faço apologia aos que são revolucionários; aos que ousam e experimentam mudanças; àquelas(es) que não se alimentam da cultura que vem "enlatada" "rotulada". São essas pessoas que fazem com que a sociedade não permaneça em estado latente, mas sim avance, possibilitando o desenvolvimento e o crescimento, são elas que de certa forma, dentro de limites e possibilidades, criam, recriam, e modificam essa mesma cultura, estabelecendo assim, um estado constante de mudanças.
Ulisses Pavinic

SER, CORPO E VIDA. ©

O corpo, um corpo é um corpo
O corpo é corpo e não um corpo
Um corpo são dois corpos
Não! São três, quatro, cinco...
Infinitas associações  formando um só.

O corpo é uma carcaça sem vida
Que se une a uma vida sem corpo
Corpo vitima e ele mesmo seu algoz
Corpo sem vida e vida sem corpo
Corpo doando-se e recebendo vida.

Vida aparência, vida realidade
Vida vazia, cheia de possibilidades
Realidades intersubjetivas, ato e potência
Potencialidade e possibilidade e ação
Uma vida subjetiva, própria e real.

Vida vivida ou não vivida
A vida é a realidade do eu e do outro
Existência imaginária, coletiva e real
A cada vida novas perspectivas
Um ser autêntico, corpo e vida.

Ser é estar vivo e viver a vida
O ser é subjetividade e ponto de vista
Associação: individuo e corporação
O ser pensa e é observado
Um ente coletivo dependente servil.

Não somos o que pensamos ser
Não somos o que pensam de nós
O ser é parte da energia cósmica vital
A soma da verdade com a realidade
Ser essência e ser existência.

Ulisses Pavinic

Efeito estufa e vida humana ©

       De toda energia solar que consegue penetrar na atmosfera terrestre, só uma parte é absorvida pelos oceanos e pela crosta, outra parte há tempos são apontadas como causa do aumento na temperatura terrestre, consequentemente do aquecimento global. A depender da maneira como seja realizada a troca de energia podem causar oscilações na temperatura global. Essa energia, ao ser refletida de volta ao espaço, é impedida pelas partículas de gases que se encontram na atmosfera, quando juntas, formam o já conhecido fenômeno chamado: Efeito estufa. Desde tempos atávicos, fenômenos como estes, e as ações do homem sobre a natureza, constituíram os principais causadores de desastres naturais.
A revolução industrial proporcionou a expansão da indústria, com surgimento de novos processos (métodos e técnicas) em diversos setores da produção: do transporte à agropecuária, do serviço público a indústria farmacêutica. Em quase todas as atividades humanas a exemplo da decomposição de materiais orgânicos, remoção de florestas ou uso de fertilizantes, estão presentes os gases: dióxido de carbono CO2; metano CH4; oxido nitroso N2O; hexafluo reto de enxofre SF6, esses gases causadores do efeito estufa são liberados na atmosfera. Existem ainda os gases refrigerantes, usados em aerossóis, refrigeradores, solventes, não agridem a camada de ozônio, mas possuem alto potencial de aquecimento.
Nos últimos 5 séculos a temperatura global vem aumentando com maior intensidade e de maneira exponencial. O que mais têm contribuído para acelerar esse aquecimento são as ações antrópicas (que nem sempre são realizadas de uma maneira responsável e sustentável pelo homem). Hoje em dia não se podem negar as evidências desse aquecimento: derretimento do gelo polar; elevação do nível do mar; aumento da temperatura dos oceanos e do ar. A comunidade acadêmica tem realizado pesquisas cientificas, cujos resultados apontam para necessidade de uma mudança de atitude na relação do ser humano com o ecossistema em que habita. “caso não se atue nesse aquecimento de forma significativa, espera-se observar, ainda nesse século, um clima bastante incomum[...]” (IPCC, 2007. 4rel.).
É conveniente destacar aqui que de maneira diversa e peculiar, o fenômeno efeito estufa causador do aquecimento global, igualmente proporciona a existência humana na terra, pois, sem a presença desses gases na atmosfera, a temperatura média no planeta passaria dos atuais 14ºC. chegando a -18ºC., levando provavelmente a extinção da vida humana como concebemos hoje.
Ulisses Pavinic

sábado, 19 de outubro de 2013

Arte e vida ©

ARTE E VIDA
Fazer arte é enfrentar desafios, dominar sentimentos, redimensionar desejos, e criar um ser para, um estar ali, um novo eu. É nesse processo de "construção-desconstrução-reconstrução", que o corpo conhece uma nova dimensão, onde molda o personagem que irá habitá-lo.
A arte com suas representações, associadas a lembranças e esperanças, nos proporciona sair da ilusão e entrar na realidade. Através dela, os desejos mais profundos da alma podem ser realizados, como reviver um momento passado ou experimentar uma realidade futura. É um jogo, onde viver a vida se confunde com a própria ação de jogar, um jogo onde nós somos os jogadores e não se admite perdedores nem ganhadores.
Ulisses Silva


ARTE E VIDA
Fazer arte é enfrentar desafios, dominar sentimentos, redimensionar desejos, e criar um ser para, um estar ali, um novo eu. É nesse processo de "construção-desconstrução-reconstrução", que o corpo conhece uma nova dimensão, onde molda o personagem que irá habitá-lo.

A arte com suas representações, associadas a lembranças e esperanças, nos proporciona sair da ilusão e entrar na realidade. Através dela, os desejos mais profundos da alma podem ser realizados, como reviver um momento passado ou experimentar uma realidade futura. É um jogo, onde viver a vida se confunde com a própria ação de jogar, um jogo onde nós somos os jogadores e não se admite perdedores nem ganhadores.
Ulisses Pavinic

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Razão e bom senso ©

O que expõe e comprova as diferenças entre os seres humanos e animais é o senso ou razão, ou seja, o poder de julgar e distinguir bem o verdadeiro do falso. No entanto existem muitos outros fatores que moldam a ação humana, e que determinam que seja mais ou menos razoável, e embora não haja uma dependência direta com o bom senso, ainda assim a ação humana esta vinculada a ele. Os caminhos, as escolhas e as formas de aplicá-las que cada pessoa toma na vida, são modeladores da personalidade, revelados através do comportamento. “Aqueles que só caminham muito lentamente podem avançar muito mais, se seguirem sempre o caminho certo, dos que os que correm e dele se afastam. (Descartes).
Todos os indivíduos acreditam estarem providos de razão (pensamento, prontidão, imaginação, memória...). Cada pessoa tem seus pontos de vista, valores, crenças, desejos, sentimentos, o que iguala a forma e a natureza humana.  Como não podemos medir esses sentimentos nos outros, mas somente em nós mesmos, assim também a razão e o bom senso não podem ser medidos. Possuir um espírito bom não é determinante para ter atitudes boas. “As maiores almas são capazes dos maiores vícios assim como das maiores virtudes:” Idem.
Sendo assim, acredito que o bom senso ou razão está bem distribuído no mundo, e é por natureza inteiramente igual em todos os seres humanos, basta usá-lo de forma racional que os resultados sempre serão positivos.
Um só individuo não pode mudar o mundo, porem pode mudar a si mesmo. E se todos resolverem mudar, por conseguinte juntos mudarão o mundo.”

Ulisses Pavinic

Desigualdades de Gênero ©

As desigualdades vividas no cotidiano da sociedade, no que se refere às relações de gênero, não se definirão a partir do econômico, mas, especialmente a partir do cultural e social, formando daí as “representações sociais” sobre as funções da mulher e do homem dentro de variados espaço de convivência.
Nos últimos cinqüenta anos um dos fatos mais marcantes ocorridos na sociedade brasileira foi a inserção crescente das mulheres na força de trabalho. Apesar da mulher hoje ter um maior nível de escolaridade e mais oportunidade de inclusão no mercado de trabalho, alguns obstáculos ainda não foram superados, a exemplo de cargos de chefia e diferença salarial, como podemos observar mais freqüentemente na educação, na economia, na sociologia do trabalho e na sociologia da educação.
A análise da situação da presença feminina do mundo do trabalho passa por uma revisão das funções sociais da mulher, pela crítica ao entendimento convencional do que seja o trabalho e as formas de mensuração deste. As contradições da relação homem/mulher são diluídas na aparente neutralidade dos conceitos científicos.
Finalmente, hoje se observa a possibilidade concreta de uma nova ordem de um núcleo familiar democrático, garantindo assim a efetivação do velho/novo clamor por uma sociedade mais justa e pela produção teórica conceitual que explicitam a existência das diferenças.
Ulisses Pavinic.


Ética e Moral ©

Responda com sinceridade: Você sabe o que é ética? e moral? Você é um profissional ético?
                A ética ao longo do tempo teve vários significados dependendo do contexto histórico, do ponto de vista e do interesse de quem a definiu. No entanto vamos nos ater ao que interessa. (Ética nas empresas).
                A palavra é um termo grego (éthos), já a moral tem origem latina e o sentido semelhante, significando o padrão de conduta seguido por um indivíduo ou sociedade em cada época e em cada civilização. A ética não complementa a moral nem estabelece normas ou regras, ela fundamenta a base moral e faz uma reflexão sobre o ato moral, e ao mesmo tempo julga as ações individuais e coletivas, esta diretamente relacionada aos modos e costumes, a moral segue as regras e normas sociais estabelecidas por um povo ou nação. O agir ético é livre, o agir moral é obrigatório. Agir eticamente nem sempre é agir moralmente. Em ética os fins nem sempre justificam os meios. Vejamos uma situação:
você vive na Alemanha nazista, tem um amigo judeu e seu amigo esta em sua casa, um soldado de Hitler bate a sua porta e pergunta se está escondendo algum Judeu, o que você faria?”: 1º se entregasse o Judeu estaria agindo em conformidade com as Normas morais daquele povo; 2º se escondesse o amigo este ato estaria em conformidade com a consciência ética. A preservação da vida deve ser elevada como o primeiro principio ético.
                Quantas vezes levados por algum impulso incontrolável ou por alguma emoção forte (medo, orgulho, ambição, vaidade, covardia), fazemos alguma coisa de que depois sentimos vergonha, remorso ou culpa, gostaríamos de voltar no tempo e agir de modo diferente.
                Ser ético agir direito, proceder bem, sem prejudicar os outros. O executivo e professor da USP Robert Henry Srour afirma que ser ético nada mais é do que  "...ser altruísta, é estar tranqüilo com a consciência pessoal". Maria Cecília Arruda afirma que em alguns casos, no entanto, as questões éticas esbarram em princípios jurídicos. Nessas situações as pessoas devem recorrer às leis que regem a convivência em sociedade antes de tomar a decisão.
                Agir corretamente não é só uma questão de consciência, mas um dos quesitos fundamentais para quem quer ter uma carreira longa, respeitada e sólida. Além disso, o agente deve exercer suas atribuições com prudência, decidindo o que é possível e desejável, aspirando ao bem, à felicidade e a perfeição.
                A consciência ética não se limita aos nossos sentimentos morais, mas se referem também a avaliações de conduta que nos levam a tomar decisões por nós mesmos e agir em conformidades com elas. e a responder por elas perante os outros.

                Ulisses Pavinic

Crianças! O adulto do amanhã ©

De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce para o ser humano do que as crianças? O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade, elas devem ser educadas agora para que não seja necessário punir os adultos, precisamos ensinar à próxima geração a partir do primeiro dia, que eles são responsáveis por suas vidas.
Não protejam ou podem demais as crianças, fortifiquem-nas interiormente para que elas aprendam a se defender e utilizar seus recursos de forma criativa e adaptativa. Não eduques as crianças recorrendo sempre à imposição, para que também elas possam observar melhor qual a disposição natural de cada coisa.
Crianças gostam de fazer perguntas sobre tudo, mas nem todas as respostas cabem num adulto. Elas têm mais necessidade de modelos do que de críticas. Antes de ter o respeito das crianças, faz-se necessário, primeiro, conquistar o seu afeto, pois elas não mentem por questão de confiança, mas sim por insegurança.
A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes. Elas são quase sempre felizes, porque não pensam na felicidade, não têm passado, nem futuro, gozam o presente, coisa que nunca nos acontece. Os adultos são muitas vezes infelizes, porque pensam demasiadamente na felicidade, na busca da verdade e da beleza, domínios em que nos é consentido ficar crianças toda a vida.
Muitas pessoas, como as crianças, querem uma coisa, mas não as suas conseqüências. Devemos começar por fazer às crianças aquilo que desejamos para nós mesmos, deixando que exerçam seu livre arbítrio, sonhando com o infinito, para que assim possam ser transformadas em cidadãs(os) e não em problemas sociais.

Ulisses Pavinic

HUMANIZAÇÃO ©

O que significa ser “humano”? Qual a razão da crença de que somos humanos? O motivo que nos torna verdadeiramente diferente dos outros animais é a capacidade de comunicação interpessoal, de criação e transformação. Humanidade é uma forma de ação racional, de convivência harmônica com interdependência.
Como Imaginar um mundo sem o outro? Um mundo subjetivo? O outro é muito mais presente, mais real, ele esta dentro de nós, pois, em todo instante nos tornamos o outro para aqueles que nos cerca, -o eu, torna-se invariavelmente o outro-. Todos nós vivemos em uma circularidade, onde as ações de uma maneira ou de outra reflete em nossas vidas, fazendo com  que essa intrincada teia de relacionamentos integre a vida do ser humano, tornando desse modo necessária a discussão sobre ética, por que a dimensão ética começa quando entra em cena o outro. Agir eticamente pressupõe fazer aos outros aquilo que desejamos para nós mesmos.
Os valores humanos evoluíram de maneira inversamente proporcional ao “progresso” cientifico e tecnológico, ao tempo em que os laços familiares foram destruídos, refletindo assim em todas as relações sociais. Instituições humanas foram colocadas acima dos valores morais e éticos, a economia controla as grandes decisões e em parte as pequenas, as pessoas são considerados engrenagem desse processo ou são simplesmente esquecidas.
Tem-se falado em humanização, mas, o que é mesmo humanização? E para que serve? Humanizar significa respeitar o  outro enquanto pessoa, enquanto ser humano, significa valorizá-lo em razão da dignidade que lhe é intrínseca, assim sendo, devemos tratar todos aqueles que interagem conosco cotidianamente de maneira mais humana. Porque houve então a necessidade de se criar uma política de humanização para humanizar o que é “humano”? O fortalecimento dos princípios da Universalidade; Integralidade e Equidade, foram uma das fontes de inspiração para a criação dessa política. O tratamento desigual a todas aquelas pessoas que estão do outro lado ainda permanece presente. As trocas de favores, a relação com pessoas como se fossem objetos, a falta de compromisso, a ação individual, nos coloca cada vez mais longe do humano e mais próximos dos animais “irracionais”.
Humanizar é pensar e agir de maneira que possamos sentir a necessidade dos outros, é esparramar e fortalecer as virtudes humanas, elevando-as ao mais alto grau, é doar um pouco de nós mesmos todos os dias aos outros também, assim, todo ser humano poderá exercer a liberdade de se realizar plenamente no sentido da sua verdadeira existência.

          Ulisses Pavinic

M u d a n ç a* ©

Às vezes é preciso mudar! Mudar de vida,  de estilo, de idéias, de marcas de rotinas, de velhos  hábitos, de casa, não fazer do hábito um estilo de vida, gostar da novidade dormir mais tarde, dormir mais cedo.
É preciso tentar um novo dia, um novo lado, um novo método, um novo sabor, um novo jeito, um novo prazer, uma nova vida. Almoçar noutros locais, ir a outros restaurantes, tomar outro tipo de bebida, almoçar mais cedo, jantar mais tarde, passear noutros lugares. Amar muito, cada vez mais de modos diferentes, pois a vida é uma só. Viver o momento, procurar ser feliz, ser criativo, fazer uma viagem de sonho sem destino... Experimentar coisas novas, trocar novamente, mudar de novo, experimentar outra vez.
A vida é curta e os hábitos muitos portanto, todos os dias é dia de nova vida onde poderemos aprender a aproveitar cada momento. O mais importante é a mudança, o dinamismo, a energia, ser positivo.
Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais  inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças, só o que está morto não muda. Essa frase resume bem a dinâmica da vida, até mesmo a vida profissional.
Mudanças ocorrem a todo instante, seja a mudança de função ou até mesmo a mudança de espaço físico. Mudar é a chance da pessoa sair da mesmice, da rotineira e monótona tarefa diária. Mudar de função é bom, pois é uma nova oportunidade de aprender, de reciclar, de recomeçar, de mostrar que ainda é capaz de adquirir novos conhecimentos, novas práticas e conquistar novos horizontes. No começo (e é assim em toda mudança), as coisas são mais difíceis, o trabalho fica estressante, as pessoas mais chatas... Mas isso acontece porque você pensa assim.
Mudar de local, de mesa ou de computador... pode trazer vários benefícios, como aprender que por maior que seja teu espaço em uma comunidade, ele pode encolher e você percebe que não era tão imune às mudanças assim. De repente, nesse espaço menor você se dá conta que há mais pessoas a sua volta, que o teu espaço termina onde começa o do outro que têm (assim como você) direitos e obrigações iguais.
Em outro local, você começa a respeitar mais o outro, aprende a conviver com outros modos e jeitos de ver a vida. Aprende e ganha. Pode receber de presente não apenas mais um colega ao lado, mas um novo amigo. Amizade, em uma concepção mais ampla, é um fator positivo nas mudanças. Afinal, mudar não significa apenas perdas, mas se torna um ganho quando você percebe que é posta às mudanças para se tornar um pessoa mais capaz, mais eficaz, mais tolerante, mais paciente, mais flexível e com mais discernimento de olhar e perceber que só o que está morto não muda!
Ulisses Pavinic

Eu e o outro na construção do conhecimento ©

           Quem é o outro para você?
Podemos tratar todas as pessoas da mesma maneira? Por quê?
Em que sentido nós precisamos em do outro?
Você se sente influenciado por outras pessoas? Como?
Quem nós devemos ver nas pessoas que caminham ao nosso lado?
Que compromisso devemos ter para que o outro cresça, se sinta importante e amado?

Viver é conviver, é relacionar-se, somos seres de relação, somos incompletos e inacabados, buscando dar respostas aos desafios, às questões do nosso contexto, nesse sentido os seres humanos constroem conhecimentos.
Nós somos incompletos porque sem o outro não existimos, não há sentido em pensar ‘eu e o mundo’, é preciso pensar ‘eu como um pedaço do mundo’, somos incompletos porque não existimos sem a relação, sem aquele com quem nos relacionamos, somos incompletos porque somos parte de um todo dinâmico, mas também somos incompletos porque somos um fluxo, nós indivíduos, nós espécie, e nós vida.
Ao deparar com um problema, o individuo questiona a si próprio e outros seres humanos, pesquisando, buscando respostas possíveis para solucionar o desafio que está a sua frente, testando hipóteses, confirmando, reformulando, negando, abandonando, retomando.
Por meio desse movimento, realizamos o esforço da aprendizagem para construção do saber, estas respostas às experiências atuais que vão se acumulando, relacionadas a conhecimentos anteriores,  ampliam e constroem novos conhecimentos, novos saberes, e constituem o conhecimento de um indivíduo ou de um grupo, construindo uma nova realidade.  A cada solução, novos problemas se impõem, e, nessas relações se fazem história e se criam culturas.
Todo seres humanos, de alguma forma, agem e buscam respostas para suas necessidades, por isso não há ser humano vazio de conhecimento, não há quem nada saiba, há sim, graus e níveis de conhecimento e saberes diferenciados.

Ulisses Pavinic