O tudo só existe por causa do nada.
Tudo que existe tem o seu oposto correspondente, caso contrário não existiria. Isso vale para o micro e o macro, o imanente e o transcendente, o físico e o metafísico. Portanto, o universo tem seu oposto, que é o nada, da mesma maneira como existem os universos paralelos, com seus devidos opostos, ou seja, o nada.
Os opostos se atraem e têm a mesma energia, o que varia entre eles é o grau.
Então, quando mais nada existir, eis que surge tudo como se nada tivesse acabado. Tudo sempre começa quando o nada acaba.
Do nada surge o tudo, e o tudo volta para o nada, que continua nesse movimento incessante, nessa circularidade que faz com que a existência passa fruir.
Daí, o tudo e o nada são a mesma coisa, permanecerão unidos infinitamente em uma única energia vital.
Tudo muda, só uma coisa permanece: A mudança. A vida é uma série de repetições inéditas de momentos únicos.
Ulisses Pavinič