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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Um sonho só.©

A realidade é cruel, doa a quem doer, ela estará sempre presente...  Às vezes me flagro pensando no futuro, no entanto jamais consegui alcançá-lo, mesmo tendo já percorrido milhas e milhas, não me afastei do lugar onde comecei a minha jornada. Sonhei, desejei, agi e dei muitas voltas, me tornei um prisioneiro da ilusão na incerteza desse imenso vazio. Mesmo estando livre das amarras dessa vida, vivo dependente do arbítrio e do acaso. Seguir o caminho sem destino nem fim, esse é o grande e eterno dilema da humanidade. Procurei, busquei, achei, senti, amei, perdi, me envolvi em diversas situações, nesse universo multidimensional, porém, muitos foram os fatores intervenientes. Corri, sofri, chorei, gritei, me desiludi, mas permaneci íntegro no verdadeiro ideal, compreendi que o sentido não é único, caminhos são cruzados em vias duplas. Naquele instante, quando resolvi desistir dos meus sonhos, percebi que sonho que se sonha só é só um sonho, daí então, novos horizontes de possibilidades foram se desvendando à minha volta, novas saídas, um recomeço para acalentar a alma. Mudança é necessário, acredito em mudanças. Vi, vivi e ouvi, falei, sussurrei, cantei, me realizei, rompi barreiras e construi fortalezas, desejei ser eu mesmo sendo o outro, com tudo isso, ainda permaneço aqui preso na imensidão do vazio. Ulisses Pavinič 01/2016

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