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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Formação Política e Social do Brasil ©

INTRODUÇÃO

A presente reflexão preconizada pela disciplina ciência política objetiva ampliar o conhecimento do discente quanto à formação política e social do Brasil, por se fazer necessário hoje em dia o envolvimento em problemas como o preço dos combustíveis, ou da mensalidade escolar, por exemplo, só pra ficar por aqui.

Faz um paralelo entre a cultura dos povos que formaram nossa civilização e a influencia que têm nas relações e na estrutura de poder dentro das empresas hoje, destacando seus pontos positivos e negativos. 

Realizada com base principal no texto: “A casa grande e a empresa” e no longa-metragem: “Quanto vale ou é por quilo”, como também através do levantamento, leitura, analise e compreensão da bibliografia citada e de pesquisa em sites.

É mister uma compreensão dos fatos que nos cercam, ampliando o poder de intervenção, tornando-o muito mais qualificado nas decisões políticas que dizem respeito poder, hierarquia ou outros normas que venham afetar direta ou indiretamente a vida do cidadão individualmente ou socialmente.

Constituída de introdução, onde esta disposta a justificativa o objetivo e a metodologia; desenvolvimento, onde é organizada uma reflexão sobre o tema proposto; conclusão, onde apresento minhas considerações finais, minhas criticas e meu ponto de vista sobre a questão da estrutura de classes e o relacionamento entre elas, (Por que, como para que) o trabalho foi realizado; referências bibliográficas.


As relações de trabalho na sociedade brasileira atual trazem um pouco da exploração da mais valia que existia no século XVII. A forma como eram tratados os escravos e as finalidades a que serviam no passado, enraizaram profundamente na consciência da sociedade brasileira transformando a natureza humana moldando valores de uma forma tal que ainda hoje há marginais que sofrem humilhação e desgraça dessa situação, tornando-se cada vez mais animais, sem uma perspectiva sequer de saída desse estado que se encontram. 

 A origem e formação da nossa sociedade foram espelhadas na sociedade européia reservando as distinções. Esta fundamentada na dominação dos escravos pelos senhores em conluio da igreja, berço dos poderosos. Essa semelhança segundo Neves é um pouco pela aptidão que possuíam os colonizadores, ou as tradições nas colonizações, refletindo no “ócio e na a vida reclusa encontrada no Brasil pelas senhoras européias que faziam delas mulheres extremamente amarguradas” (Neves. 2002).

“Os filhos dos senhores foram crianças mimadas, educadas para serem herdeiras do poder. Já os filhos dos escravos, desde cedo aprenderam a servir e a serem castigados” (Neves. 2002).

Pra que a liberdade? Quando se esta presa nas dificuldades, nas angustias, na falta de perspectiva. As pessoas da classe inferior dentro da estrutura de poder instituído vislumbram um futuro improvável, porém a certeza desse destino esta em suas mãos, quando decidem que produto ou serviço irão utilizar, ou qual governante querem no comando, exercendo assim o direito a cidadania plena, sem tornarem-se objeto de manipulação das instituições de caridade, onde sugere que o lucro é mais importante que a solidariedade, conforme mostrado no filme Quanto Vale ou é Por Quilo, de Sergio Bianchi, 2005, rescindindo assim a barreira da marginalidade do analfabetismo e da sobrevivência, fazendo com que a inclusão social de verdade aconteça, ai poderão orgulhar-se de ser uma nação miscigenada, uníssona e jubilosa.

A realidade atual não difere do passado, conquistaram a liberdade, contudo ainda vivem sem dignidade, sem realização, sem oportunidades, sem perspectiva e o pior de tudo isso é que muitos acham que são livres e fazem o que querem, no entanto seguem o mesmo padrão de consumo estabelecido pelos enganadores de plantão que visam prioritariamente o interesse pelo lucro. "O que vale é ter liberdade para consumir, essa é a verdadeira funcionalidade da democracia". Proferida pelo ator Lázaro Ramos, em "Quanto vale ou é por quilo?", filme de Sérgio Bianchi.

Os dominadores sempre andaram na contramão da história, haja vista que até onde se conhece de alguma forma sempre tiveram dominadores e dominados, e nossa civilização vive em uma condição de aceitação passiva do continuísmo dessa dominação através dos dominadores estabelecidos no “poder” e dos dominados, utilizados como “massa” de manobra para manter os privilégios temos que viver nossa cidadania na sua plenitude.

Mesmo sendo a minoria absoluta que assim pensam, visto que são até então a incapacidade de perceber o seu poder para decidir qualquer coisa dentro ou até se duvidar fora do nosso país, já que tomaram a “liberdade”, mas ainda vivem a democracia de forma incipiente. Chegou à hora de experimentar a soberania popular como dispõe a Carta Magna “todo poder emana do povo e para o povo volta”. (CF.1988).

A cultura autoritária, patriarcal e dominadora, é considerada como um ponto negativo nessa relação, bem como a estrutura do poder, a divisão hierárquica e social e suas variantes, a ociosidade e a exploração, essas desigualdades cultural e social se refletem na política e econômica, reduzindo o direito de cidadania.

"A divisão social revelada por Gilberto Freyre em Casa-Grande & Senzala é reproduzida na divisão hierárquica das empresas presentes no Brasil por uma questão cultural" (NEVES, 2002). 

“Uma rede de concepções, normas e valores que são tomados por certos e que permanecem submersos à vida organizacional”, como diriam os pesquisadores Janice Beyer e Harrison Trice. Sobre “cultura organizacional”, a dupla afirma que “para criar e manter a cultura, essas concepções, normas e valores devem ser afirmados e comunicados aos membros da organização de uma forma tangível”. Isso de daria por meios dos ritos, rituais, mitos, estórias, gestos e artefatos (NEVES. 2002).

O individuo vive hoje alienado com seu individualismo, sua insensatez seu egoísmo numa vida quase virtual. “Virtual é um local que imaginamos algo que não podemos pegar tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse... que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos! Não se importando se farão parte ativa ou passiva da história ou estória, o que importa é sobreviver (VMAR. 2007).

Quando se fala em desigualdades sociais e pobreza no Brasil, não se trata de centenas de pessoas, mas em milhões que vivem na pobreza absoluta. Vivemos em uma sociedade que apresenta dois extremos dentro das relações empresariais: um é o capital com produção de novas tecnologias para o mercado gerando cada vez mais prosperidade para os empresários e o outro é o trabalho assalariado que permanece na pobreza quase que absoluta, na luta pela sobrevivência, e essas pessoas sobrevivem apenas com 1/4 de salário mínimo no máximo!

Observou-se que mais de 50% da população ativa brasileira ganha até dois salários mínimos. Índices apontados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e estatística). Visando chamar a atenção sobre os indivíduos miseráveis no Brasil. Mas não existem somente pobres no Brasil, pois cerca de 4% da população é muito rica. O que prova a concentração maciça da renda nas mãos de poucas pessoas.

A manutenção desse estado de miséria e pobreza quase que absoluta que vivem os herdeiros dos excluídos, hoje tratados como animais e vivendo à margem da civilização, é importante para os que querem manter-se no poder, os herdeiros dos afortunados senhores feudais, com uma visão puramente economicista conforme retratado no longa, Quanto vale ou e por quilo? Mostra também o sentimento de culpa de algumas pessoas sendo “extraído” pelo deleite da caridade aos miseráveis, enquanto que outras usam as “vitimas” como mercadoria, fazendo de tudo para manter o seu “bem de capital”, ambas não se preocupam com a origem, nem têm a intenção de acabar com os problemas sociais.

Hoje, o que se preza nas empresas são as alianças políticas, mas, sem confundir com bajulação.¹ Liderança, talento, capacidade técnica e gerencial ajudam.² Em qualquer lugar que pretenda chegar terá que lidar com a política,     Goste-se ou não é bastante simples, a ação política entra em cena no instante que se constrói os laços sociais, que não são apenas racionais, afirma o Professor Renato Jasão. Ela esta presente em todas as relações interpessoais e intergrupais dentro da empresa têm seu lado nobre e não é sinônimo de mau-caratismo, na divisão hierárquica, na estrutura de poder, na estrutura do espaço, portanto, é o divisor e o agregador.

¹ Tiago Lethbridge, Política e politicagem nas empresas. Revista Exame. Ed.853:39. n.20. 12. 10. 2005. Editora Abril.  São Paulo, 2005.

² Marcus Torres, Política e politicagem nas empresas. Revista Exame. Ed.853:39. n.20. 12. 10. 2005. Editora Abril.  São Paulo, 2005.

Cultivar e oferecer o sentimento de solidariedade e não de caridade, estabelecer relações solidas com base em valores morais, possuir uma concepção ética, são sem dúvida alguma, um grande passo à frente nesse caminho.

Por um lado as pessoas evidenciam uma passividade que é caracterizada como forma de não enxergar o conflito que está posto no cotidiano brasileiro. É preferível conceber que o choque ainda não começou à “promoção” do conflito, por outro lado há um grupo de empresários preocupados com as questões sociais e ambientais, estamos vivendo numa democracia antropofágica. O que essa realidade de disparidades sem o embate ou o constrangimento pode trazer? E para onde vai levar? Essas indagações são colocadas de propósito para reflexão de cada um. O que não se deve nunca é deixar de sonhar, sonho que se sonha junto é realidade.³

³ Raul seixas e Paulo coelho, Sonhos. A arte de Raul Seixas, Rio de Janeiro, 1988.  

CONCLUSÃO

Há uma semelhança entre a divisão social e hierárquica e a estrutura de poder no Brasil hoje em dia e a divisão e estrutura que foi criada entre senhores e escravos na casa grande e senzala, como descreve o escritor Gilberto Freire em sua obra Casa-Grande & Senzala, permaneceram viva ao longo dos séculos na consciência de cada um dos grupos sociais estabelecidos, convivendo em equilíbrio entre si, mesmo havendo alguns momentos de conflito, o que não leva a mudanças radicais de comportamento ético e moral no sentido de liberdade absoluta, não essa pseudo liberdade que vivemos, com dominadores e dominados, opressores e oprimidos, capital e trabalho, patrões e empregados, ricos e pobres, muitos vivendo na ilusão de que temos uma sociedade justa, e que a capacidade individual de cada um será o diferencial proposto para criar a qualidade de vida necessária, entretanto, às condições e oportunidades não são justas nem congruentes.

A sociedade atualmente cultiva o que de pior se pode extrair da antropologia atávica: autoritarismo; concentração de renda; desigualdade; domínio; egoísmo; empreguismo; exclusão; exploração; inferioridade; marginalidade; pobreza; revanchismo; solidão; dentre outras, a aceitação da condição de inferioridade tem origem na dominação estabelecida entre os povos que formaram a sociedade brasileira. resultando nas diferenças e desigualdades vividas atualmente, como é mostrado por Sérgio Bianchi no seu filme, mas, o mais importante de tudo isso é que mesmo com toda opressão do poder e as humilhações que sofreram as classes inferiores na hierarquia de poder constituído, ainda permaneceu viva na consciência de alguns o desejo de liberdade e a vontade de lutar por seus direitos à cidadania, e esse reflexo nós estamos vendo hoje nas pessoas que tentam, mesmo que tardiamente, melhorar a ética e a moral dentro e fora das empresas.

Numa visão simplesmente antagônica pode-se notar que tudo na vida tem dois lados ou mais de um ponto de vista, nesse sentido, se vive em um momento circunstancialmente maravilhoso da era humana, a situação atual é imprevisível e prazerosa, pois além da mudança do milênio, vista por muitos como algo especial, virá pela frente uma mudança de consciência, sejam pelo próprio desenvolvimento cultural, político ou social do indivíduo, ou forçada pelas catastróficas previsões que o futuro próximo desvenda, e por sermos os principais atores desse processo de mudanças que ocorrerão nos tornamos ainda mais responsáveis por essa transformação de princípios, valores e ideais, tendendo a busca de uma natureza humana mais saudável, justa e solidaria.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AZAMBUJA, Introdução à ciência política. Editora Globo. 17ed. Cap. 1,5. P. 10-17; 46-61. São Paulo, 2005.

BIANCHI, S. Quanto Vale ou é por quilo? Europa Filmes. DVD 95 minutos. Região 4. Brasil, 2006.

BRANDON, R. Política se torna mais importante quando se chega ao topo. Revista Exame 07. 10. 2005. Editora Abril. Entrevista exclusiva. São Paulo, 2005.


CONGRESSO NACIONAL. Constituição da República Federativa do Brasil. 1ª ed. Editora do Senado Federal. Brasília. 1985.

EXAME. Capa: Política e politicagem nas empresas. Revista Exame. Ed.853:39. n.20. 12. 10. 2005. Editora Abril.  São Paulo, 2005.

FREYRE, G. Casa Grande e Senzala. Editora Record. P.28. São Paulo, 2000.

GOMES, JA. A Casa Grande e a Empresa. Universidade de São Paulo. Monografia apresentada ao departamento de Relações Públicas. Propaganda e Turismo da Escola de Comunicação de Artes. São Paulo, 2002.

HENRIQUE, p; Nunes, Y; Alexandre, T; Mayko, M; Ariano, K. As classes sociais e as desigualdades. TOMAZI, ND. (org.). Iniciação a Sociologia. SP, Editora atual. Disponivél em: (http://www.brasilescola.com/sociologia/classes-sociais.htm) Acessado em: 05 Set. 2007. 14h55. Mossoró. 1993.

NEVES, CBM. A Casa Grande e a Empresa. Centro Universitário da Bahia – FIB. Disciplina: Ciências Políticas. Professora: Ana Angélica Trindade. Salvador, 2007

RIBEIRO, JU. Política quem manda, porque manda, como manda. 2ª ed. Editora Nova Fronteira. P. 3-31. 369p. Rio de Janeiro. 1986. 


SILVEIRA, M. o chefe desceu do pedestal. Revista Exame 14. 09. 2004. Editora Abril. São Paulo, 2004.

XIMENES, S. Minidicionário da língua portuguesa. Ediouro Publicações S.A. Brasília. 2001.

REDAÇÃO EMPRESARIAL: COMO ESCREVER MELHOR © - SALVADOR 2007

  APRESENTAÇÃO

Esse trabalho visa incentivar o aluno a leitura analise e compreensão de textos empresariais, bem como melhorar a forma de comunicação escrita, praticando-a com clareza e concisão. Um texto deve ser criado com carinho e atenção, por isso requer tempo e compreensão perfeita do assunto a ser apresentado, devemos ter amor com as palavras, elas são a nossa melhor ferramenta de trabalho.

O trabalho esta dividido em APRESENTAÇÃO; DESENVOLVIMENTO com os subitens: 1. Comunicação Empresarial – Como Escrever Melhor, 2. Formas de Linguagem – Língua Falada e Língua Escrita, 3. Exercícios Estruturais de Redação Empresarial, 4. Proposta de redação empresarial, 5. Dialogo da não comunicação; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Para que haja uma perfeita comunicação é preciso que o comunicador transmita a mensagem com CLAREZA, CONCISÃO, IMPESSOALIDADE, OBJETIVIDADE E PRECISÃO, levando em consideração o seu interlocutor (receptor, recebedor, ouvinte, destinatário, decodificador).

CLAREZA: É a qualidade de expressar idéias de maneira facilmente compreensível para quem lê. Uma frase será tanto mais clara quanto mais exata for. Assim, a clareza está diretamente relacionada com o domínio do assunto abordado.

CONCISÃO: Consiste em expressar idéias com poucas palavras. È, portanto, abolir a adjetivação supérflua, as redundâncias (repetições), os períodos longos e assuntos não pertinentes.

IMPESSOALIDADE: Deve-se evitar a redação de cunho pessoal, deve afastar pontos de vista pessoais que deixam transparecer impressões subjetivas não fundadas sobre dados concretos

OBJETIVIDADE: A redação que atende o princípio da objetividade é isenta de ambigüidade ou imprecisão.

PRECISÃO: Escrever com precisão significa empregar a terminologia apropriada para o assunto em que se discorre. A mensagem chega ao receptor de forma exata e justa.

SIMPLICIDADE: A simplicidade é uma das qualidades mais apreciadas. O relator comunica com naturalidade, ou seja, sem expressões rebuscadas, sem preciosismo e sem rodeios inúteis, abordando o tema com a necessária profundidade. O que compromete a elevação da linguagem é o uso de palavras não apropriadas, termos coloquiais vulgares bem como o excessivo uso de palavras estrangeiras aportuguesadas.

A utilização de mais de um nível de linguagem pode dificultar a compreensão da mensagem possui até uma capacidade de modificá-la em algumas vezes.

Em todas as formas de comunicação é necessário que se tenhamos carinho com as palavras, contudo precisamos ter mais amor na comunicação interpessoal e na intergrupal dentre todas as formas, pois, iremos trabalhar principalmente com elas no nosso cotidiano e elas podem expressar o que não desejamos expor.

Em algumas vezes a mensagem vem carregada de emoção, de preconceitos, em outras, as circunstâncias, o ambiente, as condições, o momento, interferem no processo de uma mensagem, tanto do mensageiro como do recebedor.

A maior responsabilidade pela comunicação pertence a quem quer comunicar, portanto esse deve tornar a comunicação simples e clara observando seu(s) interlocutor(es) e usando o nível de linguagem apropriado a cada situação.

FORMAS DE LINGUAGEM:

LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA

Língua informal (sem forma definida);

Língua familiar (intima);

Língua coloquial (correta, registra o que fala);

Língua inculta (sem cultura, baixo grau de escolaridade);

Língua regional (de uma região especifica);

Língua grupal (gíria, técnica, jargão).

Língua padrão (usada normalmente);

Língua coloquial (correta, registra o que fala);

Língua inculta (sem cultura, baixo grau de

escolaridade); 

Língua regional (de uma região especifica);

Língua grupal (gíria, técnica, jargão).

       Em uma comunicação o texto tem as seguintes finalidades:                 

Informar – Esclarecer o leitor.

Convencer – Persuadir o leitor.

Divertir – Entreter o leitor.

Educar – Instruir o leitor.

EXERCÍCIOS ESTRUTURAIS DE REDAÇÃO EMPRESARIAL

  1.  Leia a correspondência abaixo, grife as palavras desconhecidas, apresentando os significados.

  2. Explique qual o objetivo desta carta?

  3. O emissor conseguiu estabelecer uma efetiva comunicação? 

  4. O conteúdo vem acompanhado de alguns problemas que comprometem a qualidade de uma boa redação. Reescreva-a, dando clareza às informações e alterando o que julgar necessário.

São Paulo, 10 de março de 2004.

Senhores:

Não obstante a escassez de tempo e a urgência manifestada pela solicitação provinda de V.Sas., fomos habilmente capazes de proceder ao envio, por via terrestre, de sua mercadoria, utilizando para tanto os obséquios préstimos da transportadora Rapidíssima. O pedido das mercadorias de V.Sas. Deverão seguir seu destino amanhã, dia 22, sendo que provavelmente atingira o termo final, vale dizer, perpassará os umbrais de seu deposito daqui a dez (10) dias, ou melhor, dia 1º de dezembro próximo. Esse embarcamento consubstanciou-se no conhecimento de transporte nº 0258, e o seguro das mercadorias foi tirado em consonância com as felizes instruções de V.Sas.

1 - Destaques: obstante, escassez, manifestada, provinda, habilmente, proceder, obséquios, préstimos, perpassará, umbrais, embarcamento, consubstanciou-se, consonância, instruções.

Obstante – oponente (adj.) – vetante (adj.).

Escassez – carecimento (s.) - carência (s.) – falta (s.) - insuficiência (s.) – inópia (s.) - privação v– míngua (s.) – penúria (s.).

Manifestada – demonstrada – explanada – explicada – exprimida – revelada – traduzida

Provinda - decorrida (v.) – derivada (v.) - dimanada (v.) – emanada (v.) - procedida (v.) – vinda (v.) – nascida (v.) – originada (v.) – saída (v.) – surgida (v.).

Habilmente – com habilidade – inteligentemente – sutilmente – hábil.

Proceder – brotar (v.) – derivar (v.) – resultar (v.) – decorrer (v.) – dimanar (v.) – emanar (v.) – provir (v.) – originar (v.) – nascer (v.) – sair (v.) – surgir (v.).

Obséquios – benefícios (s.) – benevolência (s.) - favores (s.) – graça (s.) – mercê (s.) – serviços (s.).

Préstimos – serventias – qualidade do que presta – obsequio - serviços

Perpassará – decorrerá (v.) – transcorrerá (v.) - passará (v.) – acariciará (v.) – transcursará (v.) – transporá (v.) – surgirá (v.) – cruzará (v) – atravessará (v).

Umbrais – entradas – limiares - portões.

Embarcamento – colocar dentro de – embarcar algo em.

Consubstanciou-se – concretizou-se (v.) – tornou-se real (v.) – uniu para formar substância (v.) – ligou-se intimamente (v.).

Consonância – acordo (s.) – concordância (s.) – conformidade (s.) – consenso (s.) – harmonia (s.) – consensual (s.) – rima (s.).

Instruções – algoritmos (s.) – códigos (s.) – fluxogramas (s.) – programas (s.) – catequizações (s.) – educações (s.) – ensinos (s.) – erudições (s.) – saber (s.) – direções (s.) – informações (s.) – edificações (s.) – esclarecimentos (s.).

Faz-se mister, outrossim, informas-lhes que tivemos a presteza de substituir o item 07 (ref. Nº 124) pela peça ref. nº 125, não sem antes testá-la, e de plena conformidade e atendendo ao zeloso pedido externado por V.Sas, quando de seu jucundo telefonema do dia 18 de novembro próximo pretérito.

1 – Continuação: mister, outrossim, presteza, plena, conformidade, zeloso, externado, jucundo, pretérito.

Mister - cogente (adj.) - forçoso (adj.) - imperativo (adj.)  – imperioso (adj.) - imprescindível (adj.) - indispensável (adj.) - mandatório (adj.) - necessário (adj.) – obrigatório (adj.) – preciso (adj.) - urgente (adj.) – arte (s.) – emprego (s.) - ocupação (s.) - ofício (s.) - profissão (s.) - serviço (s.); Língua inglesa – senhor (s.). 

Outrossim – bem assim - igualmente – também.

Presteza – alvoroço (s.) – ligeireza (s.) – pressa (s.) – prontidão (s.) – agilidade (s.) – atividade (s.) – celeridade (s.) – rapidez (s.) – velocidade (s.).

Plena – cabal (adj.) – global (adj.) – integral (adj.) – inteira (adj.) – toda (adj.) – total (adj.) – integra (adj.) – cheia (adj.) – completa (adj.) – repleta (adj.).

Conformidade – acordo (s.) - consenso (s.) - consonância (s.) - Harmonia (s.) – consensual (s.) – comunidade (s.) – concordância (s.) - identidade (s.) – conveniência (s.) – correção (s.) - decência (s.) – homogeneidade (s.) - semelhança (s.) – unidade (s.) – uniforme (s.) – uno (s.).

Zeloso – aplicado (adj.) - diligente (adj.) – esforçado (adj.) - caprichoso (adj.) - cuidadoso (adj.) – esmerado (adj.) – prezado (adj.) – primoroso (adj.) – aprimorado (adj.) - solícito (adj.) – cioso (adj.) – ciumento (adj.).

Externado – tornou externo (v.) - exteriorizado (v.).

Jucundo – aprazível (adj.) – prazenteiro (adj.).

Pretérito – que passou (adj.) – passado (adj.).

Estamos assaz persuadidos de que conseguimos atender a todos os anelos de V.Sas., e dentro da máxima presteza.

1 – Continuação: assaz, persuadidos, anelos, presteza, 

Assaz – bem – extremamente - muito – de maneira satisfatória – bastante – o suficiente - satisfatoriamente – suficientemente – bastar – satisfatório - satisfeito.

Persuadidos – convencidos (v.) – cabeça feita – movidos (v.) – satisfeitos

Anelos – ânsia (v.) - anseios (v.) – suspiros (v.) - desejos (v.) – arquejos (v.) - pulsos (v.) – cacheados (adj.) – crespos (adj.) – eriçados (adj.) – frisados (adj.).

Presteza – aforçuramento (s.) – alvoroço (s.) – ligeireza (s.) – pressa (s.) – prontidão (s.) – agilidade (s.) – atividade (s.) – alvoroçar (s.) – celeridade (s.) – rapidez (s.) – velocidade (s.).

Atenciosamente,

Roberval ferreira

Gerente de vendas

2º - O objetivo da comunicação era informar aos clientes do envio das mercadorias conforme solicitada.

3º - Há na redação uma redundância de conteúdo, grifos errados, períodos longos e assuntos não pertinentes, bem como um uso de vários níveis de linguagem a exemplo do formal, coloquial, técnica dentre outras, dificultando o raciocínio e tornando-a pouco clara. O transmissor não atinge o objetivo da comunicação, porque os interlocutores dificilmente irão poder decodificar a mensagem para compreendê-la. 

Notemos que além das características citadas, o autor tenta desviar a finalidade da mensagem que é informar e não convencer o cliente, tornando-a assim *“ININTENDIVÉL”, isso mostra que essa pessoa não pode ser um bom profissional na área de secretariado executivo. 

* Neologismo que aspira significar não entendível.

Obs.: chamo atenção para as datas que estão dispostas na redação, principalmente as do pedido e do envio das mercadorias e a de resposta do pedido: - 18 de novembro de 2003 = solicitação do cliente por telefone.

- 21 de novembro de 2003 = data provável da resposta escrita à solicitação do cliente.

- 22 de novembro de 2003 = data de envio do pedido.

- 01 de dezembro de 2003 = previsão para chegada da encomenda na origem.

- 10 de março de 2004 = supostamente errada.

4 – Proposta de redação empresarial.

São Paulo, 21 de novembro de 2003.

Prezados Senhores:

Considerando a urgência da solicitação, informamos que o pedido foi acatado conforme requerido inclusive quanto ao seguro das mercadorias, à exceção do item 07 referência nº 124 trocado pela peça de referência nº 125.

As mercadorias serão despachadas amanhã, 22 de novembro, sob conhecimento 258 e chegarão ao destino no prazo de dez dias.

Certos de termos atendido a solicitação.

Atenciosamente.

Ulisses Silva

Gerente comercial

DIALOGO DA NÃO COMUNICAÇÃO

O texto abaixo mostra que até mesmo pode existir o dialogo em um processo de comunicação, mas não efetivamente a comunicação imaginada e desejada, por causa de fatores externos e internos.

Em um determinado país foi criado um programa de incentivo à natalidade, pois o número de habitantes estava caindo e a proporção de idosos crescia assustadoramente.

Necessitando de mão-de-obra, o governo decretou uma lei que obrigava os casais a terem um certo número de filhos. Previa também uma tolerância de cinco anos após o casamento, fim dos quais, o casal deveria ter pelo menos um pimpolho. 

Aos casais que no fim do prazo não conseguissem ter um filho, o governo destacaria um agente auxiliar para que a criança fosse gerada. 

Neste cenário se deu o seguinte diálogo entre um casal:

MULHER: Querido, completamos hoje cinco anos de casamento!

MARIDO: É... Querida e, infelizmente não tivemos um filho sequer.

MULHER: Será que eles vão mandar o tal agente?

MARIDO: Não sei... Talvez mandem.

MULHER: E se ele vier?

MARIDO: Bem, eu não posso fazer nada.

MULHER: E eu, menos ainda...

MARIDO: Vou sair, já estou atrasado para o trabalho.

Logo após a saída do MARIDO, bateram à porta: TOC, TOC, TOC!!!! A MULHER abriu e encontrou um HOMEM de boa aparência à espera.

(Tratava-se de um fotógrafo que saiu para atender um chamado de uma família que  queria fotografar sua criança recém-nascida, mas que por um engano, errara o endereço procurado.) 

E o seguinte diálogo se seguiu:

HOMEM: Bom dia! Eu sou...

MULHER: Ah, já sei! Pode entrar.

HOMEM: Obrigado. Seu esposo está em casa?

MULHER: Não. Ele foi trabalhar.

HOMEM: Presumo que esteja a par da minha vinda aqui?!...

MULHER: Sim, o meu marido também já está sabendo de tudo. E, eu concordo.

HOMEM: Ótimo. Então vamos começar

MULHER: Mas já? Tão rápido...

HOMEM: Preciso ser breve, pois tenho ainda 16 casas para visitar, ainda hoje.

MULHER: Minha nossa! O senhor agüenta?

HOMEM: O segredo é que eu gosto do meu trabalho, me dá muito prazer!

MULHER: Então vamos começar. Como faremos e onde você prefere?

HOMEM: Permita-me sugerir: - Uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá e, uma em pé ao lado da mesinha do telefone.

MULHER: Serão necessárias tantas?

HOMEM: Bem, talvez possamos acertar na mosca já na primeira tentativa.

MULHER: O senhor já visitou alguma casa neste bairro?

HOMEM: - Não, mas tenho comigo uma variedade de amostras do meu trabalho e... (mostrou algumas fotos de crianças).

- Não são lindas??

MULHER: Como são belos estes bebês! Foi o senhor mesmo quem fez?

HOMEM: Sim. Veja esta aqui, por exemplo, foi conseguida na porta do supermercado.

MULHER: Que horror! O senhor não acha muito público?

HOMEM: Sim, mas a mãe queria muita publicidade.

MULHER: Eu não teria coragem!!!

HOMEM: Esta aqui foi em cima do ônibus.

MULHER: Cacilda!!!

HOMEM: Foi um dos serviços mais difíceis que já fiz.

MULHER: Claro, eu imagino!

HOMEM: Esta foi feita no inverno, em um parque de Diversões.

MULHER: Credo! Como o senhor conseguiu? Não sentiu frio?

HOMEM: Não foi  fácil! Como se não bastasse à neve caindo, tinha uma multidão em volta. Quase não consegui acabar.

MULHER: Ainda bem que sou discreta, e não quero ninguém nos olhando.

HOMEM: Ótimo, eu também prefiro assim. Agora, se me der licença, eu preciso armar o tripé.

MULHER: Tripé?!!!

HOMEM: Sim madame, pois o negócio, além de pesado, depois de armado mede quase um metro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FIB – Centro Universitário da Bahia. Como Escrever Melhor - exercícios estruturais. Disciplina Comunicação Empresarial. Salvador, Set. 2007

XIMENES, S. Minidicionário da língua portuguesa. Ediouro Publicações S.A. Brasília. 2001.

POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA © SALVADOR 2008

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem como o objetivo expor ao discente uma visão ampla de como se desempenhou a diplomacia brasileira ao longo do século passado com os modelos adotados por alguns dos precursores da política externa do Brasil, considerando suas percepções, suas crenças, bem como a influência externa vivida pelos seus expoentes no processo de fundamentação dessa política.

Com a finalidade de contribuir assim para construção cognitiva de um julgamento crítico e imparcial, e situar o aluno no tempo e no espaço, dentro de um contexto político, histórico, econômico e cultural, que o auxiliará no desempenho das atividades acadêmicas e profissionais, capacitando-o para cooperar de forma positiva no desenvolvimento do país.

O trabalho consiste na apresentação em formato de resenha critica do tema “O Brasil no continente e no mundo: Atores e imagens na política externa brasileira contemporânea”, em sua primeira parte ”Rio Branco e Joaquim Nabuco: a ponte entre a tradição imperial e a diplomacia moderna”, debatido em sala de aula, bem como das relações internacionais brasileira do período referente à república velha em especial dos atores citados, pesquisado em diversas fontes pelos componentes da equipe.

A resenha esta dividida em: apresentação, onde esta disposta um preâmbulo contendo a finalidade e objetivos do trabalho; desenvolvimento, que consiste da avaliação critica do grupo sobre o tema em evidência; conclusão, onde estão expostas as considerações finais; a as referencias bibliográficas. 


   No mundo em que habitamos precisamos estar atentos às mudanças constantes que se apresentam a todo o momento, e saber discernir dentre elas as que melhor representam o modelo de paz, liberdade, direito e progresso, valores fundamentais preconizados pelas democracias soberanas, para as relações internacionais “Todo ser humano tem o direito de viver sua utopia, mesmo que o resultado seja apenas desilusão”. A história é a amostra perfeita dessa afirmativa, no entanto contrariando a regra, especialmente no tocante a política externa brasileira e seus principais expoentes, alguns indivíduos não compactuam dessa certeza. Alexandra de Mello e Silva pesquisadora do Centro de pesquisa e documentação da Fundação Getulio Vargas (CPDOC-FGV), ao fazer uma análise de alguns dos principais atores, que conduziram à linha predominante de pensamento na política externa brasileira na primeira republica, entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século passado, e suas imagens de Brasil e de mundo, destaca a percepção de cada um deles como o ponto de partida para a ação nas relações diplomáticas brasileira no continente, no hemisfério e no mundo, sob uma ótica que considera os preconceitos, as crenças cognitivas e empíricas, normativas, instrumental e filosófica que se revelam através dos valores individuais, como também os processos geradores e os resultados alcançados, entre outros fatores de natureza política, ideológica e econômica. Ela faz uma abordagem, desde o fim do domínio da coroa portuguesa e o nascimento da republica. As afinidades com os Estados Unidos da America são reforçadas, quando se esperava um rompimento natural do paradigma americano iniciado no segundo reinado, se observa que apesar dos grandes embates de opiniões e fortes divergências internas, o Brasil segue firme nesse modelo de estreitamento de relações diplomáticas, comerciais e financeiras com aquele país, sobressaindo com outra estratégia e uma nova visão forjada por José Maria Paranhos da Silva Júnior, mais conhecido como barão do Rio Branco ou simplesmente Barão, seu principal expoente, e persistindo com Joaquim Nabuco até a revolução de 30, quando muda os atores, as estratégias, a conjuntura internacional, mas não o paradigma americano de relações internacionais. É importante destacar o suposto paradoxo ocasionado por esses dois formuladores do Itamarati que eram monarquistas convictos, possuindo fortes ligações com as elites políticas do império, as quais viam a Inglaterra como paradigma político, econômico e social do século XIX, enquanto que os republicanos influentes do eixo Rio, São Paulo, Minas, chamada República do café com leite, viam no EUA o modelo de democracia liberdade e progresso a serem seguidos pelo Brasil. Os dois praticamente não participam da vida política interna do país, a exceção da militância em prol da abolição vivida por Nabuco. O Barão adquiriu, simbolicamente, uma popularidade significativamente exagerada pela tradição, como o fundador do Itamaraty e chanceler de vários governos, defendendo os interesses nacionais nas disputas de limites territoriais, especialmente contra países da Europa, Ele achava que o Brasil, por tradição ou por continuidade, deveria manter as relações diplomáticas prioritárias com os estados Unidos da América, principalmente devido ao declínio do prestígio imperialista causado pelas guerras no velho continente, e à ascensão Americana como potência mundial. Os três elementos básicos integrados à sua visão de política externa foram: concepção realista de relações internacionais anárquicas entre os Estados soberanos, baseadas em recursos de poder; percepção da emergência dos EUA como pólo de poder hemisférico e mundial; certeza de estar dando continuidade à diplomacia empreendida pelo seu pai, Visconde do Rio Branco, denominada por Ele de tradição. Ele valorizava um conjunto de princípios como: pacifismo; igualdade jurídica entre os Estados; respeito ao direito internacional; continuidade e coerência; bem como valorizava o poder militar, devido à posição delicada do Brasil na América do Sul, preconizando um Estado militarmente forte e bem armado e defendendo a guerra como continuação da política. Objetivando a materialização de sua visão em que o Brasil poderia e deveria ter um papel de destaque nas Américas e no mundo, sejam pelas semelhanças culturais, situação atípica da língua e dimensões territoriais que possuía com a nova potencia que emergia, através de uma aliança pragmática, seja pelo ceticismo quanto à possibilidade de união entre os vizinhos hispano-americanos devido à desordem e atraso em que viviam, ou pela conjuntura internacional vivida naquele período com um aumento do prestígio do país, que vivia momento de pujança interna e externa. Por tudo isso foi o principal formulador e implementador da política externa da Primeira República. Rio Branco foi defensor enfático da doutrina Monroe, associando-a ao pan-americanismo, com princípios de: cordialidade; paz; harmonia; promoção social; amizade; fraternidade. Concedeu, assim como Nabuco, pleno apoio ao Corolário Rosevelt, votava sempre alinhado aos EEUU em todos os fóruns de decisões mundiais que participava e orientando os vassalos diplomatas, ao longo de sua passagem pela chancelaria Brasileira. Além disso, utilizavam-se dos recursos de poder materiais e/ou simbólicos como estratégias em sua política, enquanto para Joaquim Nabuco a soberania dependia mais dos recursos simbólicos que os recursos de poder. Eles divergiam: quanto à visão de mundo, Nabuco era idealista enquanto Rio Branco realista; quanto à concepção da união com EEUU, Nabuco preferia uma aliança tácita enquanto o Barão a pragmática; discordavam também quanto à relação com a Europa, “rompimento ou conotação de aliança”, e do fortalecimento das relações Sul Americanas, em relação à Pan-Americana, o primeiro via no apoio ao Corolário Rosevelt e nas alianças pontuais na América do Sul, uma forma de distanciamento dos países Europeus, e por fim houve um descompasso entre a posição de Nabuco e a defendida pelo Barão em Haia, de igualdade entre as nações, que era um contra-senso da certeza que tinha da hierarquia entre as nações. Para Paulo José dos Reis Pereira, mestre em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade de São Paulo UNESP-UNICAMP PUC-Sp e pesquisador do Observatório. Relações entre os Estados Unidos e a América Latina (OREAL), no seu livro “Política Externa da Primeira República e os Estados Unidos” no qual destaca a atuação que Joaquim Nabuco teve na condução do relacionamento com esse país, em que atuou como embaixador por cinco anos entre 1905 e 1910, definindo alguns aspectos do relacionamento que se estabeleceu, nos primeiros anos do século XX, entre o Brasil e os Estados Unidos, a partir de uma análise histórica, evidencia as concepções políticas e a influência que o primeiro ocupante do cargo de embaixador brasileiro nos Estados Unidos teve. Esse estudo retoma tal “história esquecida” de Nabuco, tão rica quanto à de sua época como abolicionista, só que inversamente creditada, reinserindo-a na política externa da Primeira República, numa expressiva conjuntura de aproximação político-diplomática entre o Brasil e os Estados Unidos. Rio branco, com a criação da embaixada brasileira em Washington em 1905, deu um novo fôlego ao movimento de aproximação com os Estados Unidos às concepções políticas e à influência que o primeiro ocupante do cargo de embaixador, Joaquim Nabuco, teve na condução desse relacionamento bilateral. Nabuco tentou imprimir em alguns eventos significativos da época um tom drástico para a política de aproximação com os Estados Unidos pelo embate de idéias e posições com Rio Branco, que o conteve em parte. Estimulado pelo receio do imperialismo europeu e deslumbrado com o substantivo crescimento do poder mundial dos Estados Unidos, Nabuco, apoiando-se no monroísmo como garantia de proteção para o território brasileiro, considerando este o interesse nacional mais imediato, formulou idéias sobre um sistema americano que deveria ser liderado pelos Estados Unidos, apreciados por ele como uma civilização-modelo e irradiadores de paz. Isso o levou a aceitar as pretensões desse país no continente, especialmente nas referentes ao pan-americanismo, retórica política utilizada para intensificar o comércio com os países sul-americanos e apaziguar as tensões provocadas pelas ações de polícia do corolário Roosevelt na América Central. Já Clodoaldo Bueno, um dos principais historiadores brasileiros da atualidade, em seu livro Política Externa da Primeira República, analisa de forma muito original os anos de apogeu da política externa da Primeira República. Colocando seu foco na transição da Pax Britânica para o início da hegemonia dos EUA, ele investiga com profundidade seus efeitos nas novas relações continentais, em especial no Brasil republicano de Rio Branco. O maior desafio desse trabalho é uma excelente reconstrução do sistema de idéias e referências do Barão chanceler.

CONCLUSÃO

    Percebeu-se que os atores aqui estudados, cada um em sua visão de como se adotar uma política de relações internacionais que favorecessem ou ajudassem a engrandecer o Brasil como nação, por serem monarquistas, defendia um ideal continuísta do poder das elites imperialistas, bem como, entendiam a necessidade de posicionar o Brasil no mundo quanto aos pólos imperialistas europeus e o expansionismo norte-americano e, ainda, outros aspectos atinentes às preocupações brasileiras com respeito ao contexto sub-regional (cone sul), acrescentando-se aí o debate interno sobre questões externas que afetariam destinos nacionais. A tensão de um pós-guerra, com um mundo evidenciando o surgimento de uma nova potência, tem nesses dois atores, que apesar de algumas discordâncias ideológicas, os principais defensores de uma política externa voltada para uma aliança com os EUA e sua Doutrina Monroe, no qual se vislumbrava o favorecimento em todas as áreas de atuação possíveis, por serem parceiros de uma nação considerada forte, politicamente e militarmente, e, ainda, com essa aliança, aproveitar-se disso para aumentar sua força política entre os Estados sul-americanos e/ou latino-americanos ou seu poder de barganha frente às nações ditas mais fortes. Enfim, Rio Branco e Nabuco tinham, naquele momento e contexto, a visão do que seria melhor para o país, em relação a melhor política internacional a ser adotada, apesar das discordâncias entre ambos e as desilusões experimentadas ao longo da vida na diplomacia brasileira. Houve acertos e erros, mas, suas ações foram amplamente estudadas pelos seus sucessores e, nas décadas seguintes, a ideologia de ambos, quanto à posição do Brasil em relação à comunidade internacional, ainda permaneceria em voga.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUENO, Clodoaldo. Política Externa da Primeira República: Os anos de apogeu – de 1902 a 1918. São Paulo: Paz e Terra, 2003. Disponível em: http://www.planetanews.com/produto/L/34953/politica-externa-da-primeira-republica-clodoaldo-bueno.html. Acesso em: 01 abr. 2008.


GONTIJO, Rebeca. Manoel Bomfim, "pensador da História" na Primeira República. São Paulo: Revista Brasileira de História, vol.23, no. 45. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-1882003000100006>. Acesso em: 01 abr. 2008.


PEREIRA, José dos Reis. Política Externa da Primeira República e os Estados Unidos (A): a atuação de Joaquim Nabuco em Washington (1905-1910). São Paulo: Hucitec/FAPESP, 2006. Disponível em: <http://www.hucitec.com.br/ produto.asp?categoria_id=56&id=1716>. Acessado em: 01 abr. 2008.


SILVA, Alexandra de Mello e. O Brasil no Continente e no Mundo: atores e imagens na política externa brasileira contemporânea. São Paulo: Revista da Fundação Getúlio Vargas, 2003. [S.l.], jun.1995. Disponível em: <http://www.cpdoc.fgv.br/ revista/arq/166.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2008.

sexta-feira, 12 de julho de 2019

AÇÃO FORM TRANS ©

Move-me nova mente!

As pessoas, a natureza, o universo, os objetos, os fatos e fenômenos... estão intrinsecamente ligados nas dimensões tempo e espaço.
Nessas dimensões o movimento é uma (constante infinita). Seja feliz! Sorria, movimente-se!

Abri o zíper da máscara que sobre punha o meu rosto, foi como sair da caverna, como estar cego e ver com mais clareza.

Arranquei a face que ocultava a minha mente, deixei para traz a realidade, não preciso mais dos sentidos, eles já fazem parte de mim.

Move mente! A mente insiste em sair do lugar, vibra! Insiste novamente, resiste! Desiste.

A Escolha é uma ação, a não escolha também o é. Libertei o que já não me servia mais, deixei ir, cedendo lugar para o novo.

Criei novas raízes mais profundas, carregadas de crenças e valores que vão pouco a pouco se deixando revelar.

Sou ator e espectador de mim mesmo, sou ato e potência, razão e emoção, consciência e inconsciência.

Tudo muda o tempo todo, tudo é passageiro, exceto o 'motorista' desse imensurável uni verso infinito.

Ulisses Pavinič

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

A BELA! ©

A beleza está muito mais relacionada ao ponto de vista de cada pessoa, que ao conceito em si, muito menos ao ser.
A beleza é interior, carregamos ela dentro de nós, é uma realidade subjetivada.
Belo é feio são polaridades diferentes da mesma realidade, retirando uma dessas polaridades cessa o fluxo, a energia, e a beleza subjetiva aparente.

Ulisses Pavinič



TRANSFORMA AÇÃO EM MOVIMENTO ©

As coisas, os fatos, as emoções, os sentimentos não são problema em si, o problema é a maneira como lidarmos com nossas emoções e sentimentos, é o que pensamos e fazemos das coisas, é como agimos diante de uma determinada situação.
Coisas nascem prontas e vão se gastando, pessoas nascem não prontas e vão se fazendo, o que envelhecem são as coisas, as pessoas vão se renovando, vão sendo uma versão renovada delas mesma a cada dia, coisas antigas viram peças de museu, coisas velhas são descartadas ou recicladas, pessoas antigas são idosas, pessoas velhas são aquelas que pensam saber tudo e não está receptiva ao diferente nem ao novo.
Quando algo acaba, deixe ir. pois isso é apenas a natureza se recompondo para dar lugar ao novo. Não haveria começo se não fosse o fim.
A evolução não está no conhecimento, mas sim, na pureza da intenção e do amor por tudo e todos. 

Ulisses Pavinič



quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Mãe ©

A verdade é feita em metades e cada pessoa possui a sua parte, mas, para mim, você é inteira em pedaços.
Se eu vivesse mil vidas neste mundo, não seria o bastante para te amar.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

EMPATIA ©

Somente uma pessoa ética tem amigos, as não éticas tem cúmplices, é muito difícil amar em comum, mas é muito fácil odiar, as pessoas se apressam mais em retribuir um dano que um benefício, porque a gratidão é um peso e a vingança um prazer, isso acaba levando a ausência de esperança que é a incapacidade de afeto.
Uma pessoa só deve olhar outra de cima para baixo quando for para ajudá-la a se levantar, quando for para ficar na mesma altura, a alegria da vitória é uma falsa alegria, pois, ela está calcada em cima da tristeza de alguém, para que competição quando a tristeza do derrotado não vale minha vitória.
Somos diferentes e não desiguais, ser diferente não torna o outro inferior, reconhecer as diferenças não significa elogiar as desigualdades, sou único, mais não sou exclusivo.
Ulisses Pavinič

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Novas tecnologias ©

O mundo atual utiliza cada vez menos quantidade de matéria para produzir a mesma riqueza, mas o que se refere aos prejuízos ao meio ambiente é a escassez de matéria prima é inversamente proporcional à esses esforços. Sendo a tecnologia uma constante na história, vemos novas tecnologias e  inovações tecnológicas surgindo a cada dia nas áreas de engenharia e construção civil, engenharia aeroespacial e a naval, nanotecnologia e robótica, ciências da saúde e medicina, dentre outras. Porém vamos nos ater a um dos maiores problemas ambientais do mundo atual, que é a qualidade de vida.
A humanidade hoje vive questões relacionadas a sobrevivência, elas são várias e crescentes, mas vamos destacar uma que é a questão da poluição ambiental, em especial aquela causada pela queima de combustíveis não renováveis utilizadas por veículos automotivos.
Novos projetos e tecnologias estão surgindo no que se refere ao sistema de combustão dos automóveis além da já existente tecnologia flex utilizando combustíveis renováveis, a exemplo do gás natural, do sistema elétrico dentre outros.
A corrida para o carro do futuro já começou, há anos as empresas  tem se unido a grandes multinacionais da tecnologia para desenvolver automóveis inteligentes. Um exemplo disso são empresas como Google, Tesla, Uber, Waymo, atuarem nesse mercado.
Existem um grande número de carros em funcionamento hoje em dia, além dos protótipos apresentados pelas montadoras no salão do automóvel este ano. O que me  me chamou atenção aqui foi o desenvolvido pela empresa Tesla modelo 3, e um automóvel elétrico, inteligente, auto dirigível,  pode ser utilizado no modo automático ou manual, não possui painel, apenas um computador de bordo controlado por um botão no volante com vários comandos como: cameras; navegador GPS; informações sobre o veículo a via e o tempo; a chave é um cartão mas pode ser acessado através do seu smartfone pelo Bluetooth, tanto para abrir, como para controlar o ar condicionado e o carregamento dbateria a distância.
No modo automático ele entende obstáculo, sinaleira, curvas, faixas, velocidade, faixas e instabilidade da via, além de interagir com a motorista. O melhor é que o carro é que o combustível utilizado é a eletricidade.
O custo é U$ 35.000 no EEUU, deve chegar no Brasil por volta de R$ 350.000 com taxas de importação.
A Tesla vem desenvolvendo outros projetos a exemplo do veículo voador.
Ulisses Pavinič

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Aprendendo... ©

As escolhas que fiz na vida, os sentimentos e sensações que carreguei, me levam a crer que não se consegue nada nessa vida sozinho, seja material ou espiritual, físico ou metafísico, imanente ou transcendente. O ser humano é um ser de relações, um ser social. Viver fora desse paradigma é animalizar-se, é tornar-se um ser embrutecido.
Ulisses Pavinič