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sábado, 15 de outubro de 2016

A Procura da Palavra...©

Por vezes eu me pergunto o que é que eu estou fazendo aqui?
Tenho vários respostas a essa pergunta guardadas dentro de mim, é como uma memória de armazenamento, onde se aperta o botão e acessa as que se encaixam naquela situação, escolhendo a que for melhor para aquele momento. Ilusão ou realidade?
Não se pode enganar a si mesma, pois os sentidos já fazem esse papel com o auxílio da razão. Procuro por uma saída, onde está a verdade afinal?
As palavras estão em festa, correm, dançam, pululam, e se misturam. Curiosamente, novos pensamentos são formados, e antes que sejam usados já se foram, dando lugar a outros tantos que se misturam infinitamente em meio aqueles que insistem em permanecer ali inertes.
As palavras são incríveis, elas não têm o mesmo sentido para a humanidade, elas nascem dentro do ser, apesar de não lhes pertencer, são transmitidas do mundo aparente, refletidas em signos que transitam o mundo exterior e voltam para si, morrendo assim como nasceram.
Outras vezes me flagro pensando que sou apenas um pensamento sem palavras... e me pergunto: não se pode pensar sem palavras? Esforço-me para afasta-las do seu habitat, mas elas insistem em formar os pensamentos, transformando-os nessa força motriz que move o mundo, e que conduz a realidade para o abismo e destruição, se entregando a solidão.
Volto a pensar em uma saída, mas a mente não consegue alcança-la, daí então, chego à conclusão que não existe saída, é como o lúpus eritematoso, vivendo uma fagocitose antropofágica em um turbilhão de redemoinho sem fim; um todo insípido, inodoro e acromático, sem lados nem meios; onde o próprio infinito incipiente e amorfo não tem a resposta, já que as palavras... As palavras? Ah! Elas sim são livres e igualmente infinitas.
Ulisses Pavinič
Aquarela 30X23
Fotocomposição: Ulisses Pavinič

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

HOMEM SEM NOME ©

A incursão da noite proporciona uma insegurança ilusória, repetindo-se como um relógio a cada penumbra que lhe acompanha, traz consigo o medo, invade tua alma até a traição da consciência pelo sono, quando enfim, assumes o papel de heroína!
A segurança proporcionada pela luz do dia, afirmava mais uma vez que, no fundo no fundo, tudo estava ali mesmo, [...] e assim, a cada manha, o sonho “terminava” continuava...
Ulisses Pavinič
Pintura a giz 30 X 22: 'Homem sem nome'
Fotocomposição arte: Pavinič A'RT
Homem sem nome
Pavinič  A'RT

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O ENCONTRO ©


Quando corações e mentes se alinham e se entrelaçam, transformam a transformação em uma nova dimensão.
É o querer tomando forma, pensamento-ação carregando consigo o peso da história e mudando o espaço de lugar ao revés do tempo, sem importar-se com dimensões sequenciais desfazendo-se como se nunca tivessem existido.
Vez ou outra falta-me palavras no silencio, sinto como se florescessem em um resumo encorpado depositadas em minha mente, encarceradas, a chave para libertá-las encontra-se do lado de dentro, sinto-me imóvel como se a mente aprisionasse todo o corpo em um mundo igualmente inerte.
Tudo e nada encontram-se no mesmo espaço tempo, presente, passado, e futuro, sempre estiveram ali juntos, saltitando como crianças ao descobrirem as coisas do mundo.
Esperança se confunde com lembrança num emaranhado de luz, criando uma força poderosa saltando aos olhos ao encontro do nada na imensidão do vazio, ainda assim, não consigo juntar o antes com o depois.
Assim como as marés em um vai e vem entorpecido, caminhos se encontram num labirinto, e são separados numa incisão ao fio da espada. Sabia que sabia pensar o pensamento, como o saber rebuscando o que foi passado outrora reluzente.
O novo está em toda parte, é fluido e viscoso, não se pode contê-lo, seus feitos deixam marcas em toda parte por onde passam.
Acompanhar as mudanças impostas por natureza do desconhecido, mudando e construindo novas formas de mudança. Invenções são apenas puras descobertas latentes no mais profundo abismo da mente, sempre estiveram ali, até que alguém as resgatem e libertem-nas para sempre num eterno e contingente secular.
                                                                                                                         
                                                                                                                                 Ulisses Pavinič

sábado, 13 de agosto de 2016

Educação X Esporte ©

É sabido por todos nós que os responsáveis pelas administrações dos governos no país devem investir em educação, além da educação, eles devem também investir em saúde, segurança pública, moradia, infraestrutura básica, esporte e lazer, dentre outras atribuições.A Lei de Diretrizes e Bases determina que a responsabilidade pela educação é das três esferas Administrativas de governo. O Município é incumbido de oferecer a educação infantil e com prioridade o ensino fundamental, os Estados devem ser responsáveis por assegurar o ensino fundamental e oferecer com prioridade o ensino médio, sendo ainda incumbidos de definir, com os municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, garantindo a distribuição proporcional das responsabilidades, e a União, além de sua rede de ensino superior e sua presença em outros níveis e modalidades de ensino, deve exercer função técnica de apoio e financiamento, e tem incumbência de articular toda a organização da educação nacional. Isso tem sido feito de forma progressiva pelo Governo Federal há mais de uma década, o exemplo mais visível está no acesso de milhões de brasileiros ao ensino superior.Desse modo, devemos cobrar não somente do Governo Federal os investimento em educação, mas também das Administrações Estaduais e Municipais de todo país.Não estou defendendo aqui que o investimento atual do PIB em educação seja o ideal, e sim, que não se pode aplicar recursos em uma área essencial para transformação socioeconômica e politica de uma nação, em detrimento de tantas outras que já foram citadas acima, é lógico que precisamos melhorar e muito ainda a educação no país, isso perpassa pelo investimento, mas o bem estar de um povo é o reflexo dessas mudanças politicas, nas quais estão incluídas também o lazer e o esporte...Com base em estudos recentes realizados pelo Fórum Econômico Mundial, se compararmos o Brasil com outros países do chamado BRICS, percebemos que o país ao contrário da China (que cresce economicamente mas continua estagnada nos indicadores sociais), tem avançado no crescimento da economia, mas também tem se destacado no desenvolvimento social nas últimas décadas, isso nos leva a crer que o país tem aliado o crescimento econômico ao bem estar do seu povo.Portanto, acreditamos que os investimentos realizados para a maior competição esportiva mundial estão nessa mesma direção, além de deixar um grande legado sociocultural e estrutural para todos nós brasileiros.
Ulisses Pavinič
Professor, Filósofo e Ator

terça-feira, 17 de maio de 2016

FAZENDO ARTE!... ©

Fazer arte é enfrentar desafios! Fazer arte é redimensionar desejos! Fazer arte é re-significar as coisas no mundo! Fazer arte é experimentar outras vivências! Fazer arte é potencializar capacidades! Fazer arte é explorar o inexplorável! A arte não é uma escolha, ela é a própria essência da vida, um ser para... um estar ali! É um processo de "construção-desconstrução-reconstrução" A arte com suas representações, carrega nossas lembranças e esperanças, nos proporciona sair da ilusão e entrar na realidade, e nos leva a lugares onde ninguém jamais levaria...

Ulisses Pavinič
Filosofo e Ator

quarta-feira, 11 de maio de 2016

MINHA BELA... E DOCE VIDA! ©

Te amei não só por tuas qualidades, mas por teus defeitos também! por tudo o que te completa e a torna uma pessoa atraente, interessante, inacabada e quase perfeita.
Você representa uma semente que germinou no solo fértil do meu ser entre suor e lágrimas. Amiga! Amante! Amor! Ou simplesmente mulher! Cresceu e se tornou frondosa como a fronteira inatingível. Hoje está situada na posição mais alta da graduação escalar do meu coração.
Sua beleza é pura simpatia, tem o dom de iludir, minha doce e adorável rainha. Uma mulher misteriosamente sensível, sensual, inteligente, inovadora, guerreira, frágil e destemida...
Quando recordo dos momentos em que vivemos juntos, revivo na lembrança o retrato daquela realidade cíclica de alegrias e tristezas ao teu lado, que se apresentavam numa força motriz magnética e me atraia cada vez mais, como dois polos opostos que se unem.
Você deixou marcas profundas em minha existência, semelhantes às que ficam na passagem de um cometa, ou até as resultantes de uma fusão nuclear. Conselheira nos momentos de dúvidas, parceira nas ocasiões de felicidade e presença constante na distância que nos separou no tempo e no espaço.
Sinto falta da tua atenção, da franqueza, da sensibilidade, da exaltação, da autoridade, da rebeldia e delicadeza, do teu carinho, do amor, do arrebatamento, do incentivo e cuidado, de tudo que representou e ainda representa em minha vida.
Dedico essas palavras a todas vocês: Marias... Marias... Marias... Marias... Marias... A todas as mulheres, mães, filhas, companheiras e àquelas(es) que se sentirem contempladas(os).
Ulisses Pavinič
Filósofo e poeta

MINHA BELA... E DOCE VIDA! ©

Te amei não só por tuas qualidades, mas por teus defeitos também! por tudo o que te completa e a torna uma pessoa atraente, interessante, inacabada e quase perfeita.
Você representa uma semente que germinou no solo fértil do meu ser entre suor e lágrimas. Amiga! Amante! Amor! Ou simplesmente mulher! Cresceu e se tornou frondosa como a fronteira inatingível. Hoje está situada na posição mais alta da graduação escalar do meu coração.
Sua beleza é pura simpatia, tem o dom de iludir, minha doce e adorável rainha. Uma mulher misteriosamente sensível, sensual, inteligente, inovadora, guerreira, frágil e destemida...
Quando recordo dos momentos em que vivemos juntos, revivo na lembrança o retrato daquela realidade cíclica de alegrias e tristezas ao teu lado, que se apresentavam numa força motriz magnética e me atraia cada vez mais, como dois polos opostos que se unem.
Você deixou marcas profundas em minha existência, semelhantes às que ficam na passagem de um cometa, ou até as resultantes de uma fusão nuclear. Conselheira nos momentos de dúvidas, parceira nas ocasiões de felicidade e presença constante na distância que nos separou no tempo e no espaço.
Sinto falta da tua atenção, da franqueza, da sensibilidade, da exaltação, da autoridade, da rebeldia e delicadeza, do teu carinho, do amor, do arrebatamento, do incentivo e cuidado, de tudo que representou e ainda representa em minha vida.
Dedico essas palavras a todas vocês: Marias... Marias... Marias... Marias... Marias... A todas as mulheres, mães, filhas, companheiras e àquelas(es) que se sentirem contempladas(os).
Ulisses Pavinič
Filósofo e poeta

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Caminho com mãos ©

Acrílica sobre tela
Pavinič A'rt
Em Espaço Nelson Pires
 

MEDO EXISTENCIAL ©

Desde tempos atávicos a humanidade lida com sentimentos diversos como: ódio; amor; alegria; tristeza; além de destemor e medo... Esse último, foi inicialmente relacionado com a sobrevivência, passando por um período de afirmação do indivíduo como ser social na busca da civilidade, até os dias atuais, quando o capital suplantou o social, em um mundo onde o ter se tornou mais importante que o ser. Deste modo, sentimento como medo, dão origem a outros sentimentos num misto antagônico, deprimindo e revoltando pessoas, quando temem não poderem alcançar o que lhes são impostos pela sociedade. Essas imposições refletem na própria sociedade, levando a consequências trágicas, além de potencializar ainda mais esses sentimentos, num ciclo ascendente e infinito. Se por um lado, essas ações são induzidas pelo ódio traduzidas na violência de certos grupos sociais que causam o temor, destroem e massacram, por outro, os indivíduos menos favorecidos são violentados pela submissão a outros grupos sociais que usurpam sua força de trabalho em troca da própria sobrevivência, desfraldando-lhes a mais valia ao tempo em que negam-lhes o conhecimento. Às formas são muitas, porém, as consequências são as mesmas: medo revolta, submissão, ódio... A coisificaçao das pessoas e a personificação das coisas na nossa civilização, transformou o aspecto fundamental do medo do modo em que ele ocorria mas civilizações antigas, quando o valor residia na capacidade de dominação pela força do poder bélico, através das guerras, para o medo da própria "liberdade" hoje em dia, quando vivemos presos a uma pseudo autonomia. As pessoas são livres mas não sentem-se a vontade para usufruírem dessa independência. Por força da imposição do capital sobre o social, produzem cada vez mais, e não tem o direito de desfrutarem desses bens. Outro fator preponderante que afeta as pessoas atualmente é o medo do desconhecido, no entanto, a história tem mostrado que sem as rupturas de paradigmas, e as mudanças nos dogmas estabelecidos, não teríamos alcançado o potencial científico e tecnológico, muito menos o patamar de desenvolvimento cultural e social que vivemos, apesar de suas muitas contradiçoes. As maravilhas do desconhecido tornam a existência no mundo inevitavelmente maravilhosa e prazerosa. Portanto, acredito que o medo do desconhecido pode ser visto como uma força motriz e condutora das mudanças sócio-culturais, e uma das razões da própria existência humana. Ulisses Pavinič Professor e poeta